Manuel A. Coimbra
Manuel A. Coimbra é licenciado em Bioquímica – Ramo de Bioquímica Fundamental (Universidade do Porto - 1985), Doutorado em Química, Ramo de Bioquímica (Universidade de Aveiro - 1993) e Agregação em Química - Bioquímica e Química Alimentar (Universidade de Aveiro – 2003).
É professor associado do Departamento de Química da Universidade de Aveiro desde 1998 e docente na Universidade de Aveiro desde 1985, sendo também professor de Bioquímica, Química dos Alimentos e Química de Polissacarídeos. É orientador ou co-orientador de 6 estudantes de pós-doutoramento, 18 estudantes de doutoramento com defesa concluída e 60 estudantes de mestrado em Bioquímica Alimentar e Biotecnologia Alimentar, muitos em ambiente empresarial, em colaboração com a indústria alimentar.
Manuel Coimbra é diretor de Curso da Licenciatura em Bioquímica da Universidade de Aveiro desde o seu início, em 2006; é presidente do Painel Temático de Aditivos e Contaminantes da Cadeia Alimentar da ASAE desde 2013 e Membro do Conselho Científico da ASAE desde 2008; é também tesoureiro da Sociedade Portuguesa de Biotecnologia desde 2003. Manuel Coimbra é editor da revista Carbohydrate Polymers da Elsevier, desde janeiro de 2015 (fator de impacto 2015 4,219).
Tem como interesses de investigação as áreas de Bioquímica e Química dos Alimentos, Açúcares e de Polissacarídeos; Compostos Voláteis e Aromas; Compostos Fenólicos; Frutos; Legumes. É co-autor de 2 livros, 20 capítulos de livro, 4 patentes, 191 Artigos em Revistas Internacionais citados no Science Citation Index e 100 comunicações científicas como palestrante.
Contributos bioquímicos para a inovação e desenvolvimento na área alimentar
Diz a sabedoria popular que há quem “viva para comer” e quem “coma para viver”. Estas duas realidades extremas, mas bem explicadas pelos processos de biossinalização e metabolismo, são familiares aos bioquímicos. Com os processos de melhoramento que permitem que os alimentos sejam cada vez mais abundantes e diversificados, torna-se possível que a alimentação tenha em conta a individualidade bioquímica de cada pessoa, dos seus recetores sensoriais e da sua expressão hormonal. A par dos nossos genes e práticas sócio-culturais, o ambiente que nos rodeia também é determinante para a definição de uma alimentação saudável. Segurança alimentar, qualidade dos alimentos, conveniência na sua preparação, prazer no que se come, quando se come e como se come, assim como sustentabilidade económica e ambiental, são hoje fatores fundamentais, tidos em conta por muitas empresas do ramo alimentar, pelo menos pelas mais competitivas. Tendo em conta estes aspetos, nesta comunicação será dada uma perspetiva pessoal dos desafios que as empresas do ramo alimentar têm colocado aos bioquímicos e a forma como estes têm sido resolvidos, desencadeando oportunidades de empregabilidade.